
Depois da trituração é habitual fazer-se uma limpeza aos grânulos, seguida de uma secagem por circulação forçada de ar quente, através de secadores rotativos, que dão ao granulado o grau de humidade pretendido.
Aglomeração
Após recurso a um doseamento automático ou manual, a mistura dos grânulos com os aglutinantes e, eventualmente, outros agentes auxiliares, é feita através de um processo mecânico – misturadores de pás ou helicoidais. A massa volúmica deste processo vai depender dos fins a que se destina. Por exemplo, em aglomerados para fins decorativos usa-se valores entre os 200 e 350 kg/m3 e granulados de calibre fino-médio; para revestimentos de pisos a densidade é de 450 kg/m3 a 600 kg/m3; e para as juntas de dilatação (a cortiça é usada entre elementos rígidos, nomeadamente o betão, como isolamento acústico e térmico) o calibre é médio e a massa volúmica varia entre 250-350 kg/m3. Para esta aglutinação usam-se resinas sintéticas de poliuretano, fenólicas e melamínicas ou, ainda, de origem vegetal.
Durante a fase de aglomeração, os grânulos podem, ainda, ser corados com pigmentos, admitindo colorações diversas.
Colocam-se, então, os grânulos e as resinas em moldes, usualmente metálicos e em forma de paralelepípedo – para os rolos de cortiça usam-se moldes cilíndricos -, seguindo-se uma prensagem dos mesmos. Os moldes são posteriormente colocados numa estufa, que podem ser fornos de aquecimento (utilizadas temperaturas que oscilam entre os 110 ºC e os 150 ºC e por um período de 4 a 22 horas) ou sistemas de alta-frequência contínuos (túneis) ou descontínuos (os moldes usados são em fibra de vidro e podem estar prontos para manuseamento em 3 - 4 minutos).
De seguida, efetua-se a desmoldagem e um arrefecimento/ estabilização obtendo-se um bloco de aglomerado apto a ser laminado em folhas. Existe outro sistema de moldação denominado tapete. Neste caso, os grânulos, aglutinantes e agentes, são misturados e dispostos num tapete rolante e ao passar por uma prensa de pratos aquecidos, a uma temperatura de 120 - 180 ºC, são aglutinados formando uma folha única da espessura desejada.
A fase seguinte é a lixagem que permite o acerto da espessura e o grau de rugosidade da folha de cortiça. As folhas são, então, cortadas em formato retangular ou quadrado, depois sujeito ao acerto de dimensões e esquadria.
