natural
renovável
reutilizável
reciclável
A cortiça extraída é aproveitada integralmente na produção das suas diversas aplicações. Após ser transformada e cumprir a sua função, pode voltar a entrar no processo produtivo. Um exemplo é o processo de reciclagem de rolhas de cortiça que, apesar de nunca mais voltarem a ser utilizadas como vedante, podem ser trituradas e o granulado resultante desse processo, vai dar origem a uma variedade de produtos como revestimentos, solas para sapatos, boias de pesca, entre outros.
Por Dentro da Cortiça
Suberina
Lenhina
Polissacáridos
Ceróides
Taninos
A principal componente da cortiça é a suberina, uma mistura de ácidos orgânicos a partir da qual são formadas as paredes das suas células, impedindo a passagem de água e de gases. As propriedades da suberina são notáveis, pois é praticamente infusível, insolúvel na água, no álcool, no éter, no clorofórmio, no ácido sulfúrico concentrado, no ácido clorídrico, etc..
A essência da cortiça é definida pelas suas células que estão agrupadas numa estrutura alveolar característica. Todas as células são preenchidas por uma mistura de gases semelhante ao ar. Uma prancha de cortiça, por exemplo, contém cerca de 60% de elementos gasosos, o que explica a sua extraordinária leveza. É este agregado de pequenas almofadas que concedem à cortiça uma compressibilidade fora do vulgar. Em simultâneo, graças à impermeabilidade que a suberina dá às paredes da célula da cortiça, esta é hermética. O gás nela contido não pode sair, sendo o fundamento da elasticidade do tecido e também da sua má condutibilidade térmica. Possui, ainda, uma massa volúmica média de cerca de 200 kg/m3.
Mais de 50% do seu volume é ar, o que a torna muito leve. Pesa apenas 0,16 gramas por centímetro cúbico e é capaz de flutuar.
Totalmente impermeável a líquidos e praticamente impermeável a gases, graças à suberina e cerina presentes na constituição das suas células. A sua resistência à humidade permite-lhe envelhecer sem se deteriorar.
Os 40 milhões de células em cada centímetro cúbico de cortiça funcionam como um autêntico absorvedor de decibéis, tornando-a num excelente isolante de som e vibrações. A sua estrutura molecular permite absorver calor e de o conservar por muito tempo.
Combustão lenta
A lenta combustão da cortiça torna-a um retardador natural do fogo e uma espécie de barreira contra os incêndios. A cortiça não faz chama e não liberta gases tóxicos durante a combustão
Antiestática e hipoalergénica
Não absorve o pó e evita o aparecimento de ácaros e, por isso, contribui para a proteção contra alergias.
Resistente ao atrito
Resistente ao desgaste, a cortiça, graças à sua estrutura em favo de mel, é muito menos afetada pelo impacto ou atrito do que outras superfícies duras.
Estrutura química
As células da cortiça têm uma forma de prisma pentagonal e, por vezes, hexagonal. A altura de um destes minúsculos prismas ronda os 40 a 50 micrometros (milésimos de milímetro). As células mais pequenas medem 20 ou mesmo só 10 micrometros. Em média existem cerca de 40 milhões de células em cada centímetro cúbico de cortiça ou aproximadamente 800 milhões de células numa única rolha de cortiça.